terça-feira, 23 de outubro de 2007

***Biografia***



Poeta de refinada sensibilidade, capaz de transformar em poemas até mesmo seus textos em prosa, Mário Quintana costumava afirmar que seu único segredo era ser sincero, pois não escreveu uma só linha que não fosse confessional.
Mário de Miranda Quintana nasceu em Alegrete RS em 30 de junho de 1906. Publicou seus primeiros versos na revista literária do Colégio Militar, em Porto Alegre RS, onde estudou de 1919 a 1924. Depois de um breve retorno à terra natal, trabalhou no jornal O Estado do Rio Grande do Sul, da capital gaúcha, e na Livraria do Globo, posteriormente Editora Globo. Em 1940 lançou seu primeiro livro de poemas, A rua dos cataventos, a que se seguiram Canções (1945), Sapato florido (1947), O aprendiz de feiticeiro (1950) e Espelho mágico (1951). Em 1962 esses volumes foram reunidos e editados sob o título Poesia.
Em 1953, passou a trabalhar no jornal Correio do Povo, onde durante quatro décadas publicou poemas na coluna Caderno H. Em 1966, a seleção de poemas Antologia poética, editada por Rubem Braga, consagrou Quintana como um dos grandes nomes da poesia brasileira. Sem se enquadrar em qualquer escola literária, livre de compromissos com o rigor formal, em sua obra o poeta filosofa, numa linguagem ao mesmo tempo coloquial e bem cuidada, sobre temas do cotidiano, da infância, da morte, do amor e do tempo, e tece reflexões sobre o bem e o mal, que evoca na forma de Deus, anjos e o diabo.
Também prolífico e respeitado tradutor, em 1980 Quintana recebeu da Academia Brasileira de Letras o Prêmio Machado de Assis pelo conjunto de sua obra, que inclui ainda Quintanares (1976), Apontamentos de história sobrenatural (1976), A vaca e o hipogrifo (1977), Esconderijos do tempo (1980), Baú de espantos (1986), Preparativos de viagem (1987) e Porta giratória (1988), além de antologias. Mário Quintana morreu em Porto Alegre, em 25 de maio de 1994.

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